cavalo do cão mijando
no caos dentro de si
para fazer nascer
uma bailarina estelar
diamantes no esterco,
papo vulgar,
popol vuh,
voilà!
as bananas
os macacos
galhos de fogo no alto
da árvore cósmica
a cena cômica, o vômito
do pássaro g i g a n t e
na cabeça do caniço pensante
frio e escuridão, baratas
num bar atômico, tempo nublado
cerveja, cervantes, outra cerveja
e o terremoto não lambe
nosso umbigo
o sol saberá o sabor
das carcaças
trazidas pela maré
cabeleiras de algas,
ossos e sangue.
Nenhum comentário:
Postar um comentário