e me escondo em silêncio
pra florescer
além desta noite
serei a mágica de algum deus-menino
me universalizarei de máquina
assumindo o lirismo difícil das manhãs
(é o futuro – fechem os olhos)
Segundo a crença mais comum, divulgada pelo livro lunar, os seibás eram crianças que caíram do céu, provocando histeria nas pernas dos deuses mais espantados. A queda fez com que suas palavras ganhassem um doce vento azul, o mesmo do estômago da origem. Desde então, fala-se que os seibás desinventam a memória que o sol cria no corpo. Usam profecias de acordo os espíritos de ontem, mas olham para o futuro como se o próprio-fosse quando. Para as mentes sem delírio, os seibás eram apenas visões rarefeitas na parede do século ou flores que as mãos não sabem desenhar. Raramente se atinge um consenso sobre os registros deixados pelas coletividades seibás. Os animais se esforçam por. Os seibás caminham no rio, diz o Cristo. À sombra constroem, diz o Buda. Krishna geralmente fica em silêncio rindo ou dançando na lua. Do canto da cabeça, os seibás.